quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Um texto ESPECIAL desde já para o final do ano...Reflitamos....

O final do Ano, por estar chegando, faz com que várias pessoas, desde já comecem a fazer promessas, a rever sua vida, separamos dois textos, para vocês, muita atenção.... e desde já boa reflexão!

ENTENDER O OUTRO NÃO É PROJETAR-SE NELE.
Queridos irmãos,
É incrível como o ser humano é complexo e olha para as coisas e as pessoas de acordo com seus interesses e projeções. Nosso olhar nunca se mantém no patamar da neutralidade, e estamos sempre pintando as situações e pessoas com as cores que satisfazem nosso ego e nossas carências.
Sempre esperamos do outro não aquilo que ele pode nos oferecer, mas aquilo que supre as nossas carências e interesses. A partir de então, traçamos para ele uma meta a ser alcançada, um rol de expectativas a serem preenchidas e que, quando não atendidas ou superadas, acarretam frustração e decepção.
A partir de então, o outro deixa de ser o amigo, esposo, parente, que nos faz feliz, e passa a ser a causa de nossa decepção, simplesmente porque não cumpriu uma meta cuja existência muitas vezes nem tem conhecimento, por cometer o erro crasso de não preencher as expectativas que unilateralmente nele foram depositadas.
É assim que ocorre com os pais que querem realizar na existência dos filhos aquilo que não tiveram oportunidade ou não foram capazes de realizar na própria vida. Com os namorados e esposos que colocam na figura do cônjuge a substituição da figura paterna ou materna. Com os amigos que projetam no outro a irmandade ou os afetos que de alguma maneira não conseguiram preencher.
A partir de tal perspectiva, começam as brigas, indiferenças, e tantas outras formas de manifestar a insatisfação que o outro gerou em nós, e a necessidade de fazê-lo amargar, ao menos um pouco, a realidade que não fomos capazes de digerir.
Além disso, muitas vezes, esperamos que o parente, amigo e cônjuge nos retribua milimetricamente tudo aquilo que lhe ofertamos em termos de afeto e disponibilidade, como se questões afetivas pudessem ser quantificadas ou mensuradas. E quando o outro não nos retribui milimetricamente o afeto que nele depositamos, também ficamos frustrados, achando que não somos amados ou considerados, e nos esquecendo de que o outro não é obrigado a ter a mesma forma de amar e demonstrar amor que temos e aprendemos ao longo da vida. Cada um ama como sabe, como pode, como consegue, e isso não significa que nos ame menos.
Talvez não percebamos que esse tipo de postura afeta principalmente a nós mesmos, afinal, a realidade da qual decorrem expectativas e frustrações é interior e, mesmo exteriorizada em nossa pueril insatisfação, não é capaz de afetar o outro, que não participa da realidade por nós criada.
Melhor seria, pois, enxergar o outro não como queremos que ele seja, mas como ele realmente é. Querer que o outro nos dê não aquilo que vai preencher todas as nossas carências, mas aquilo que ele pode nos dar. Além disso, é necessário perceber que ninguém, por mais perfeito ou bondoso que possa parecer, será capaz de nos preencher ou completar plenamente, afinal, todos somos limitados e essa limitação se reproduz naquilo que somos capazes de oferecer ao outro. Somente Deus terá a capacidade de preencher plenamente alguém, e sempre que tal expectativa for depositada em um ser humano, haverá dor e frustração.
Por isso, queridos irmãos, é necessário trabalhar de forma correta as expectativas que temos e as projeções que delas correm e que são lançadas ao outro, sob pena de gerar conflitos desnecessários e desgastar as relações até a extrapolação dos limites da tolerância e da paciência, destruindo vínculos afetivos que poderiam ser duradouros e trazer não a  satisfação plena, mas grande contribuição para nosso crescimento e amadurecimento.
Paz e Bem!
 
REFERÊNCIA:
TEPEDINO, João Vítor de Assis. ENTENDER O OUTRO NÃO É PROJETAR-SE NELE. Disponível em: http://www.tepedino.%20blogspot/.com. Acesso em: 24/11/2011.
 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

FICHAMENTO DO CAPÍTULO 2.3 – “EXPLORANDO A GRAMÁTICA”, DO LIVRO: “AULA DE PORTUGUÊS: ENCONTRO E INTERAÇÃO”.

Olha que interessante! Queridos amigos e colegas professores, encontramos em meio aos nossos estudos, grandiosos pensamentos da estudiosa: Irandé Antunes, no que diz respeito ao ensino da gramática normativa nas escolas tanto para os alunos do fundamental como para os alunos do ensino médio. Reflitamos bem sobre esses pensamentos...

Ref: ANTUNES, Irandé Costa. Aula de Português: Encontro & Interação. 01. ed. São Paulo: Parábola, 2009. p. 85-98.

“(As pessoas) Falam, (...), conforme as regras particulares da gramática de sua própria língua. Isso porque toda língua tem sua gramática, tem seu conjunto de regras, independentemente do prestígio social ou do nível de desenvolvimento econômico e cultural da comunidade em que é falado. Quer dizer, não existe língua sem gramática.”
“Quando alguém é capaz de falar uma língua é então capaz de usar, apropriadamente, as regras (fonológicas, morfológicas, sintáticas e semânticas) dessa língua (além, é claro, de outras de natureza pragmática) na produção de textos interpretáveis e relevantes.”
“Aprender uma língua é, portanto, adquirir, entre outras coisas, o conhecimento das regras de formação dos enunciados dessa língua.”
“O que ele (falante) sabe, (...) é usar essas coisas – ou seja, ele sabe as regras de combinação das palavras em textos, para que resulte inteligível e interpretável o que dizem.”
“Regras de gramática, como o nome já diz, são normas, são orientações acerca de como usar as unidades da língua, de como combiná-las, para que se produzam determinados efeitos, em enunciados funcionalmente inteligíveis, contextualmente interpretáveis e adequados aos fins pretendidos na interação.”
“(...) observemos a competência que se procura desenvolver é sempre a de identificar, a de reconhecer qualquer coisa. Daí os exercícios em que se pede para grifar, para circular palavras ou orações, sem nenhuma preocupação com saber para que servem estas coisas, para que foram usadas ou que efeitos provocam em textos orais e escritos.”
“A escola perde muito tempo com questões de mera nomenclatura e de classificação, enquanto o estudo das regras dos usos da língua em textos fica sem vez, fica sem tempo.”
“(...) a gramática nunca foi suficiente para alguém conseguir ampliar e aperfeiçoar seu desempenho comunicativo.”
“O conjunto de regras que, como se viu, constitui a gramática da língua, existe, apenas, como a única finalidade de estabelecer os padrões de uso, de funcionamento dessa língua. Ou seja, se as línguas existem para serem faladas e escritas, as gramáticas existem para regular os usos adequados e funcionais da fala e da escrita das línguas.”
“Em suma, se os falantes se subordinam à gramática da língua, para se fazerem entender socialmente, não deixam, contudo, de comandá-la, já que são eles que decidem o que fica e o que entra de novo e diferente.”
“Todas as línguas variam naturalmente, de acordo com as diferentes condições da comunidade e do momento em que é falada.”
“(...) uma gramática de regras incondicionalmente rígidas foge à realidade em que a comunicação verbal ocorre e só é possível na descontextualização das frases isoladas e artificiais com que são fabricados os exercícios escolares.”
“Como se viu, saber falar e escrever uma língua supõe, também, saber a gramática dessa língua. Em desdobramento, supõe saber produzir e interpretar diferentes gêneros de textos.”
“As regras implicam o uso, destinam-se a ele, orientam a forma de como dizer, para que este dizer seja interpretável e inteligível.”
“A questão que se coloca para o professor de português não é, portanto, como disse atrás, “ensinar ou não ensinar regras de gramática”. A questão maior é: que regras ensinar e em que perspectiva ensinar.”
“Não pretendamos que tais regras “permaneçam para sempre”. O uso, nunca aleatório, que as pessoas fazem delas é que determina sua validade ou não.”
“(...) as normas estigmatizadas também têm seu valor, são contextualmente funcionais, não são aleatórias nem significam falta de inteligência de quem as usa.”
Você pode ler este capítulo na íntegra, bem como, outros capítulos que tratam de diferenciados assuntos que culminarão em uma bela e produtiva aula de Português!!!
Fica a dica: adquiram o livro de Irandé Antunes: "Aula de Português: Encontro & Interação".

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

UMA VIAGEM PELO MUNDO DA INTERNET. Parte 1

                   Atualmente diz-se ser inconcebível "a vida sem a Internet". Ou seja, após a globalização feita e realizada através desse meio de comunicação, tudo tornou-se mais fácil, prático e compreensível. Vamos aos fatos: a Internet fez com que ficasse mais fácil a aproximidade das pessoas. Quem jurávamos não mais ter contatos pela distância, com apenas a criação de um e-mail ou de uma página de relacionamento, conseguimos o que era mantido até um tempo atrás como impossível.
                  Outra: as pesquisas em livros e em textos de difíceis acessos em bibliotecas dessas que se ia perto de casa, atualmente se pode encontrar, a Obra pronta e em alguns sites até com comentários; compras de alguns produtos que anteriormente nós não conseguiríamos obter por não se ter no local que moramos, é possível termos, indo em vários sites, até com ofertas de preços bons a todos os gostos. Informações e avisos sobre os assuntos que apetecem o interesse de muitos, em algumas páginas virtuais, é certo encontrarmos tudo que procurarmos. Dentre outras facilidades.
                  Mas, realmente o que foi possível verificar e o que é ainda possível se verificar é que desde dos anos 80, a preocupação dos professores foi quanto à essas facilidades no tocante às grandes horas que vários jovens e a família como toda dependia e ficava de frente "a tela do computador". O que era apenas uma máquina que em um primeiro momento só era utilizado para ocasiões de prazer, passou a ter um determinado domínio sobre a vida de muitas pessoas.
                 O que era ensinado numa sala de aula, às vezes era exaltado pelos pais e responsáveis, mas quando se deparava com o mundo virtual, tudo se arrastava: "A pergunta (...) dos educadores centrava-se no "poder" de tal máquina para mudar os rumos da escola, especialmente no Brasil" (SILVA, Ezequiel Theodoro da. 2003). Ou até mesmo no que diz respeito a produção de conhecimentos através das relações sócio-culturais, dos quais vários valores, saberes e entendimentos são colocados em evidência, decorrente o grande hábito que se transformou os acessos à Internet.
                 Mas, mesmo tendo essa vertente, a Internet veio somar até nas questões pessoais de muitos indivíduos. As letras tão presentes em romances, "cantatas à luz do luar para a bela que tanto se ama" como se via muito em obras românticas, deu espaço às letras que virtualmente tentam expressar quase na mesma intensidade, um afeto, um sentimento que muitas vezes pode ser irreal, surreal e falso. Mesmo desta forma, "Casar com as letras, namorar por meio das letras, ler e escrever" (SILVA, Ezequiel Theodoro da. 2003) é o que mais ocorre.
                 Isto, acontece também, com algumas palavras que sofrem apócopes na dita "gramática virtual" (muitos a denominam assim, mas poucos críticos gostam desse nome, o que divide opiniões, já que se formos ao dicionário encontraremos que gramática é: "Gramática (do Grego transliterado grammatiké, feminino substantivado de grammatikós), é a "arte de ler e de escrever", (pelo Latim grammatica, com o mesmo significado, Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda). Segundo um Dicionário da língua portuguesa: é o conjunto de regras individuais usadas para um determinado uso de uma língua, não necessariamente o que se entende por seu uso "correto". É ramo da Lingüística que tem por objetivo estudar a forma, a composição e a inter-relação das palavras dentro da oração ou da frase." (wikipédia. 2011)) que sempre tem como propósito facilitar e tornar-se prático a comunicação, como: que (q), você (vc), beleza... (blz...), também (tbm), te (t), de (d) risos (rsrsrsrsr). Bem como, o aumento de algumas letras para substituir outras que contém o mesmo som e que por serem apenas uma letra ou acentuação, tornam-se mais fácil e prático digitá-las, do que, escrever a palavra toda: falou! (flW), tchau! (Xau!), não (nAUM), dentre outras....
                 Isto, também acontece, com "emotions", desenhos que quando digitada uma palavra representam sensações, opiniões e falas - :( - reprenta que o que deve ter acontecido não foi do agrado ou o contrário - : ) - reprenta que o que deve ter acontecido foi do agrado, S2: reprenta a frase: te amo! ou simplesmente coração. As influéncias são grandes e continuam a todo o instante....


Continua...

Desabafo

                  Quando falávamos aos trinta e um dias de outubro, que iniciaríamos (Frederico e Adalberto: acadêmicos em Letras) um estudo aprofundado no blog: "Latinidade na net" sobre a questão da Internet como auxiliadora no processo educacional, não imaginávamos que iríamos nos deparar com tanta informação nova e totalmente relevante.
                  Nossos estudos, (que começamos a fazer, a partir, de então) são embasados no texto à nos sugerido pela professora e estimuladora deste trabalho: Elaine Raulino, professora de Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa e Literatura. 
                  Esse primeiro texto foi de: Ezequiel Theodoro da Silva, contido em seu livro: "A Leitura nos oceanos da Internet". Vejamos nesse instante, o resultado deste novo projeto, deste desafio.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Em suma, a língua virtual, cujo estudo se esgota pela consideração da palavra e da frase isoladas, cederia lugar à língua que, de fato, é atuação de sujeitos de linguagem, ao lado de tantas outas manifestações culturais com que se vai tecendo a história das pessoas e do mundo.
 ( Irandé Antunes: Língua, Texto e Ensino, p. 61)

A rosa de Hiroxíma

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxíma
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.
                   MORAES, Vinicius de.
Adalberto Moraes