terça-feira, 22 de novembro de 2011

FICHAMENTO DO CAPÍTULO 2.3 – “EXPLORANDO A GRAMÁTICA”, DO LIVRO: “AULA DE PORTUGUÊS: ENCONTRO E INTERAÇÃO”.

Olha que interessante! Queridos amigos e colegas professores, encontramos em meio aos nossos estudos, grandiosos pensamentos da estudiosa: Irandé Antunes, no que diz respeito ao ensino da gramática normativa nas escolas tanto para os alunos do fundamental como para os alunos do ensino médio. Reflitamos bem sobre esses pensamentos...

Ref: ANTUNES, Irandé Costa. Aula de Português: Encontro & Interação. 01. ed. São Paulo: Parábola, 2009. p. 85-98.

“(As pessoas) Falam, (...), conforme as regras particulares da gramática de sua própria língua. Isso porque toda língua tem sua gramática, tem seu conjunto de regras, independentemente do prestígio social ou do nível de desenvolvimento econômico e cultural da comunidade em que é falado. Quer dizer, não existe língua sem gramática.”
“Quando alguém é capaz de falar uma língua é então capaz de usar, apropriadamente, as regras (fonológicas, morfológicas, sintáticas e semânticas) dessa língua (além, é claro, de outras de natureza pragmática) na produção de textos interpretáveis e relevantes.”
“Aprender uma língua é, portanto, adquirir, entre outras coisas, o conhecimento das regras de formação dos enunciados dessa língua.”
“O que ele (falante) sabe, (...) é usar essas coisas – ou seja, ele sabe as regras de combinação das palavras em textos, para que resulte inteligível e interpretável o que dizem.”
“Regras de gramática, como o nome já diz, são normas, são orientações acerca de como usar as unidades da língua, de como combiná-las, para que se produzam determinados efeitos, em enunciados funcionalmente inteligíveis, contextualmente interpretáveis e adequados aos fins pretendidos na interação.”
“(...) observemos a competência que se procura desenvolver é sempre a de identificar, a de reconhecer qualquer coisa. Daí os exercícios em que se pede para grifar, para circular palavras ou orações, sem nenhuma preocupação com saber para que servem estas coisas, para que foram usadas ou que efeitos provocam em textos orais e escritos.”
“A escola perde muito tempo com questões de mera nomenclatura e de classificação, enquanto o estudo das regras dos usos da língua em textos fica sem vez, fica sem tempo.”
“(...) a gramática nunca foi suficiente para alguém conseguir ampliar e aperfeiçoar seu desempenho comunicativo.”
“O conjunto de regras que, como se viu, constitui a gramática da língua, existe, apenas, como a única finalidade de estabelecer os padrões de uso, de funcionamento dessa língua. Ou seja, se as línguas existem para serem faladas e escritas, as gramáticas existem para regular os usos adequados e funcionais da fala e da escrita das línguas.”
“Em suma, se os falantes se subordinam à gramática da língua, para se fazerem entender socialmente, não deixam, contudo, de comandá-la, já que são eles que decidem o que fica e o que entra de novo e diferente.”
“Todas as línguas variam naturalmente, de acordo com as diferentes condições da comunidade e do momento em que é falada.”
“(...) uma gramática de regras incondicionalmente rígidas foge à realidade em que a comunicação verbal ocorre e só é possível na descontextualização das frases isoladas e artificiais com que são fabricados os exercícios escolares.”
“Como se viu, saber falar e escrever uma língua supõe, também, saber a gramática dessa língua. Em desdobramento, supõe saber produzir e interpretar diferentes gêneros de textos.”
“As regras implicam o uso, destinam-se a ele, orientam a forma de como dizer, para que este dizer seja interpretável e inteligível.”
“A questão que se coloca para o professor de português não é, portanto, como disse atrás, “ensinar ou não ensinar regras de gramática”. A questão maior é: que regras ensinar e em que perspectiva ensinar.”
“Não pretendamos que tais regras “permaneçam para sempre”. O uso, nunca aleatório, que as pessoas fazem delas é que determina sua validade ou não.”
“(...) as normas estigmatizadas também têm seu valor, são contextualmente funcionais, não são aleatórias nem significam falta de inteligência de quem as usa.”
Você pode ler este capítulo na íntegra, bem como, outros capítulos que tratam de diferenciados assuntos que culminarão em uma bela e produtiva aula de Português!!!
Fica a dica: adquiram o livro de Irandé Antunes: "Aula de Português: Encontro & Interação".

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